sábado, 6 de julho de 2013

Financiamento imobiliário atinge recorde de R$ 9,75 bi em maio.

Os volumes desembolsados para crédito imobiliário com recursos livres e da poupança somaram R$ 9,75 bilhões em maio, recorde histórico da modalidade, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O desempenho mostra expansão de 18% sobre abril e de 54,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

Neste ano, os financiamentos imobiliários chegaram a R$ 38,4 bilhões, montante 29,7% superior ao contratado em igual intervalo de 2012.

A entidade informou ainda que foram financiadas em maio aquisições e construções de 47,6 mil imóveis, crescimento de 17% em relação a abril e de 37% comparativamente ao ano passado.


Fonte: Valor Econômico 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Construtoras veem setor imobiliário aquecido e apostam em imóveis caros.

Passada a fase de grandes investimentos ligados ao programa Minha Casa, Minha Vida, que fez muitas empresas apostarem forte em imóveis para a baixa renda, o segmento de alto padrão está voltando a seduzir construtoras e incorporadoras de peso, além de novas entrantes no mercado.

De um lado, as empresas demonstram otimismo com o aumento da renda média dos brasileiros. De outro, readequam estratégias após lidarem com grandes estoques de imóveis para vender no segmento de baixa renda, frutos do cancelamento de contratos.

Os lançamentos dos imóveis de alto padrão - que chegam a superar R$ 10 mil por metro quadrado em alguns municípios - se concentram nas duas maiores cidades do País, onde a disputa por espaços é cada vez mais acirrada em bairros como Ipanema e Leblon, no Rio, e Moema, Jardins e Pinheiros, em São Paulo.

"A demanda por empreendimento de alto padrão ainda tem muito a crescer, devido ao visível aumento da renda no Brasil e ao crescimento desta fatia da população", disse o vice-presidente financeiro da Cyrela, José Florêncio, sem mencionar números. Nos últimos cinco anos, o segmento representou, em média, 33% dos lançamentos da empresa.

A PDG Realty, que tradicionalmente tem nesses imóveis cerca de 15% de seus lançamentos, avalia inclusive expandir sua atuação, ingressando em Belo Horizonte e em Brasília com os imóveis de alta renda.
"Existe plano para isso, sim (...) para o ano que vem", afirmou o vice-presidente de incorporações da PDG, Antonio Guedes, explicando que a empresa ainda terá que adquirir terrenos para os projetos.
"Ele (segmento de alta renda) é importante para agregar valor à marca, dá margens boas", disse o executivo, sem revelar os números.

A margem bruta do setor de alta renda é de 30% a 35% enquanto que os empreendimentos dentro do programa Minha Casa, Minha Vida é de 20% a 25%, de acordo com um analista que preferiu não ser identificado.

O otimismo de construtoras e incorporadoras com o setor contrasta com o ambiente econômico - o PIB brasileiro ruma em 2013 para o terceiro ano seguido de crescimento abaixo de 3%. Para as companhias, o ânimo se apoia no movimento de crescimento da renda das famílias e em números recentes do setor.
Segundo o Secovi-SP, o mercado de imóveis residenciais novos na capital paulista teve a maior alta de vendas e lançamentos para o mês de abril desde 2004, de 73,8% em relação a abril de 2012. Não há dados específicos gerais sobre o desempenho por segmento.

A incorporadora americana Related Brasil, que chegou ao País em fevereiro de 2012, quando o boom imobiliário já dava sinais de estafa, lançará este ano dois empreendimentos residenciais em São Paulo com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,4 bilhão, cobrando entre R$ 9 mil e R$ 18 mil pelo metro quadrado.

"São Paulo é uma metrópole como qualquer outra do mundo, com número crescente de milionários, helicópteros e bancos de investimento", disse o presidente da incorporadora, Daniel Citron.

A Related fechou uma parceria com a RealtON, especializada em venda de estoques de imóveis, que formará uma equipe exclusiva para vender os empreendimentos da incorporadora, contratando 40 corretores até julho. Esses profissionais custam cerca de três vezes mais do que a média do mercado, segundo o presidente da RealtON, Rogério Santos.

Há pouco mais de uma semana, a Gafisa vendeu 70% da Alphaville, sua empresa de loteamentos urbanos de alto padrão, por cerca de 3 vezes e meia o seu valor patrimonial, numa demonstração do interesse crescente dos investidores por esse segmento. Ao mesmo tempo, de acordo com analistas do Bank of America Merrill Lynch, o consenso de mercado precificava a Gafisa em 0,8 vez o seu valor patrimonial.
Entre 2007 e 2012, os lançamentos de Alphaville aumentaram mais de quatro vezes, para R$ 1,3 bilhão, informou a Gafisa, que controlou a companhia neste período. Os compradores do controle da Alphaville foram as companhias de investimento Blackstone Real State e Pátria Investimentos.

Terrenos caros e escassos

Os terrenos para o segmento de alta renda costumam ser de quatro a dez vezes mais caros do que os voltados para a média renda, enquanto os custos das obras tendem a ser no mínimo o dobro, de acordo com o vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP, Emílio Kallas.

Com a baixa disponibilidade de terrenos em áreas nobres, as empresas pagam mais caro pelas áreas, mas repassam os valores aos consumidores e ainda cobram a mais pelos lugares centrais.

"A gente precisa olhar 100 oportunidades (de terreno) para conseguir fazer um ou dois negócios", diz Citron, da Related. "Mas as pessoas querem morar nessas regiões que estão perto de tudo e elas pagam por isso", acrescentou.



Fonte: 

domingo, 9 de junho de 2013

Gafisa vende Alphaville para Pátria e Blackstone.


A Gafisa oficializou em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a assinatura de contrato para venda de participação majoritária de 70% na subsidiária Alphaville Urbanismo para as empresas de private equity Blackstone e Pátria Investimentos, conforme antecipado pelo Valor, avaliando o valor total das ações de Alphaville em R$ 2,01 bilhões. 

A operação de venda permite que a Gafisa detenha participação de 30% na empresa e receba recursos procedentes da transação no valor bruto previsto de R$ 1,4 bilhão, corrigidos pela taxa Selic até a data do fechamento da transação. Do preço serão reduzidos os dividendos eventualmente pagos por Alphaville entre dezembro de 2012 e a data de conclusão do negócio. 

Blackstone e Pátria Investimentos manterão a atual equipe de gestão da Alphaville, liderada por Marcelo Willer.



Fonte: Valor Econômico 

Crédito imobiliário na Caixa cresce quase 40% no ano.


As concessões de crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal subiram 39,7% nos primeiros cinco meses deste ano em relação ao mesmo período de 2012, alcançando R$ 51,2 bilhões, informou o banco nesta sexta-feira.

O objetivo da Caixa é desembolsar R$ 126,5 bilhões no crédito para aquisição da casa própria em 2013, sendo que a meta foi elevada de R$ 120 bilhões depois dos bons resultados vistos no início do ano. Em 2012, o volume de contratações em habitação na Caixa foi de R$ 106,7 bilhões.

Do total já aplicado, R$ 31 bilhões foram destinados à compra de imóveis prontos (novos ou usados) e R$ 20,2 bilhões para financiar a produção de empreendimentos habitacionais.

O diretor de habitação da Caixa, Teotonio Rezende, destacou, em nota, que os recordes do banco no mercado de habitação são consequência da “conjugação das condições da economia”, do crescimento da renda e da ampliação do acesso à casa própria por meio do programa do governo federal “Minha Casa Minha Vida”.

A Caixa ainda informou que foram contratadas pelo “Minha Casa Minha Vida” mais de 2,6 milhões de unidades habitacionais desde 2009 até maio deste ano, das quais 1,2 milhão foram entregues. A projeção, segundo a Caixa, é contratar pelo programa 3,4 milhões de habitações até 2014.



Fonte: Valor Econômico 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Hotel Ibis com inauguração prevista para 2015.

A rede hoteleira francesa Accor e a empresa cearense Luciano Cavalcante Imóveis formaram uma parceria para trazer à capital a nova bandeira dos hotéis Ibis: a Ibis Budget. O anúncio foi feito ontem no Hotel Mercure, da rede Accor, pelo empresário Luciano Cavalcante Filho e o diretor de desenvolvimento de novos negócios para a América Latina da Accor, Abel Castro.

No total serão investidos R$ 27,5 milhões da Luciano Cavalcante no primeiro projeto hoteleiro da empresa, que atua há 30 anos no mercado imobiliário.  “Sempre tive medo de fechar negócios com bancos porque imaginava a taxa de juros, mas agora como faz muito tempo que ninguém faz hotel em Fortaleza resolvi investir”, explicou Luciano Cavalcante Filho.

Segundo Abel Castro existe em Fortaleza uma demanda hoteleira que alie baixo custo e qualidade tanto para quem vem a negócios como a passeio. E o principal objetivo do Ibis Budget é atender essa necessidade. O hotel está em construção na rua historiador Guarino, próximo à Avenida Monsenhor Tabosa e deve gerar cerca de 140 empregos indiretos e contratar 47 colaboradores diretos.

O Ibis budget terá 233 apartamentos e é a segunda parceria firmada da rede de hotéis em Fortaleza. A previsão de entrega do complexo está prevista para 2015.
A Accor, líder no mercado hoteleiro global presente em 92 países, já opera dois hotéis na região e pretende expandir o complexo no interior do Ceará, segundo Castro.“Agora vamos tentar fechar parcerias e levar a rede para cidades como Juazeiro do Norte, Crato, Sobral, Pecém e Maracanaú”, afirma. 


Fonte: Vanessa Freitas, especial para O POVO

Saiba avaliar quando um fundo imobiliário é de fato rentável.


São Paulo – A rentabilidade é talvez a primeira coisa que o investidor olha antes de decidir investir em um fundo. E no caso dos fundos imobiliários não é diferente. Mas o que é uma boa rentabilidade quando se trata de fundos que investem em imóveis corporativos? Como saber se um fundo imobiliário é efetivamente rentável?

Fundos imobiliários normalmente têm cotas negociadas em Bolsa e, se atendidas certas exigências, distribuem rendimentos isentos de imposto de renda para as pessoas físicas. Em função disso, o histórico de rendimentos só está disponível para os fundos que já são negociados em Bolsa há certo tempo.
Se a sua ideia é investir em um fundo que já tenha suas cotas negociadas na Bolsa de Valores, veja a seguir como avaliar sua rentabilidade antes de fazer essa escolha. Lembrando que este é apenas o primeiro passo antes de escolher um fundo, e que há outros fatores a serem ponderados.

Fundos distribuem dinheiro

Fundos imobiliários não são como outros fundos de investimento, que divulgam uma rentabilidade percentual mensal, convertida em dinheiro quando ocorre o resgate das cotas. Aliás, em fundos imobiliários não existe resgate de cotas.

Nos fundos de renda fixa, por exemplo, basta o investidor aplicar qualquer quantia acima do mínimo exigido, e resgatar suas cotas quando quiser reaver o dinheiro. Já nos fundos imobiliários, é preciso comprar as cotas a preço de mercado, e para sair do investimento é necessário vendê-las na Bolsa a outro interessado, como se fossem ações. O lucro advindo da venda das cotas é tributado em 20%.

Assim, os fundos distribuem periodicamente um valor em dinheiro, que pode ser reinvestido na compra de novas cotas ou não. É a quantia referente aos aluguéis pagos, ou ainda a distribuição de lucros pela venda de um imóvel na carteira. Esse valor é isento de IR.

O rendimento distribuído, portanto, é o mesmo para todos os cotistas em determinado momento. Portanto, a rentabilidade do fundo depende mesmo do preço que o investidor pagou pelas cotas.

Por exemplo, se o investidor comprou cada cota por 100 reais e hoje recebe 1 real por cota todos os meses, a rentabilidade do fundo, para ele, é de 1% ao mês. Outro investidor que tenha comprado cotas desse mesmo fundo por 150 reais a cota também receberá o mesmo valor de 1 real por cota. Sua rentabilidade, portanto, é de 0,67% ao mês.

Analise um histórico longo e o fluxo dos pagamentos

Quanto maior o histórico de rentabilidade, mais fácil entender como ocorrem os pagamentos de um fundo. Se é um fundo que rende aluguéis, por exemplo, seu histórico tende a ser mais estável, pois o valor do aluguel só costuma se alterar quando há reajustes.

A menos que seja um fundo cujas receitas de aluguel estejam atreladas ao negócio dos imóveis da carteira. Fundos que investem em shopping centers, por exemplo, costumam apresentar sazonalidades nos rendimentos, uma vez que parte do aluguel pago pelos lojistas é fixa, e a outra é condicionada às vendas.

Com relação aos reajustes, você poderá perceber se eles apenas repõem a inflação ou se há reajuste real, conforme o mercado. Alguns contratos preveem reajustes reais a cada três anos, enquanto outros só preveem esses reajustes numa eventual renovação, a cada dez anos.

“Quanto maior o histórico, melhor. Procure entender se esse histórico é estável, se os pagamentos cresceram apenas com a reposição da inflação, se há algum tipo de sazonalidade ou outras variações”, aconselha Arthur Vieira de Moraes, agente autônomo especializado em fundos imobiliários.

Veja se o fundo paga rendimentos mensalmente ou se há outra periodicidade – trimestral ou semestral, por exemplo. Verifique ainda se, em determinado mês, houve um aumento ou uma queda forte no rendimento. Se houver distribuição dos lucros da venda de um imóvel, provavelmente o valor do rendimento vai aumentar por um ou alguns meses.

“É preciso separar o que é receita operacional – de aluguel – do que é receita não operacional – como os ganhos com a venda de imóveis. O mais importante é olhar o valor efetivo do aluguel, pois é isso que o investidor vai receber sempre”, explica Vieira de Moraes.

É claro que apenas de olhar o histórico de rentabilidade fica difícil entender aquele sobe-e-desce. Por isso, o especialista aconselha que o investidor recorra aos comunicados dos fundos ao mercado, disponíveis na aba “Comunicados e Outros Documentos” de cada fundo na página da BM&FBovespa. Alguns fundos publicam esses documentos em seu site.

Lá constam as distribuições de rendimentos, atas de assembleias de cotistas e outros informativos ordenados por data. Assim, ao verificar um desvio em algum momento do histórico de rendimentos, o investidor pode verificar o que aconteceu perto daquela data.

Cheque ainda se o fundo está amortizando cotas (devolvendo partes do principal aos cotistas) e se isso quer dizer que ele está em período de desinvestimento, podendo se encerrar em breve.

Caso não esteja conseguindo entender alguma mudança na distribuição de rendimentos, o investidor pode ainda recorrer ao gestor do fundo para tirar as dúvidas.

Compare a rentabilidade com outras aplicações e defina a boa rentabilidade para você

Bons rendimentos dependem das circunstâncias da economia. Fundos imobiliários são investimentos de risco, e não aplicações de renda fixa. O preço das cotas pode cair, assim como os rendimentos, que podem ser afetados pela vacância dos imóveis, pela sazonalidade, por reajustes para baixo (caso haja queda dos aluguéis na região), por períodos de baixa nas receitas dos inquilinos (no caso dos fundos que tem parte do aluguel variável), entre outros fatores.

Assim, eles precisam pagar mais que os investimentos conservadores para valerem a pena. De acordo com Arthur Vieira de Moraes, com o patamar atual da taxa básica de juros (7,50% ao ano), uma rentabilidade líquida de taxas de 0,60% ou 0,65% ao mês em um fundo imobiliário já é interessante, pois é mais do que é possível ganhar na renda fixa. “Mas quando a Selic estava em 10% ao ano, esse rendimento não era suficiente”, diz.

Hoje, uma aplicação financeira que tenha rendimento semelhante à taxa Selic paga 0,60% ao mês, sendo que ainda haverá, muito provavelmente, incidência de IR e taxas sobre esse percentual. Um fundo imobiliário com rentabilidade líquida de taxas de 0,60% ao mês, portanto, já é mais interessante, uma vez que não há incidência de IR.

Você pode ainda fazer a comparação com as NTN-B, títulos vendidos via Tesouro Direto que pagam uma taxa prefixada mais a inflação pelo IPCA. Como os aluguéis dos fundos imobiliários também são corrigidos pela inflação, essa comparação é mais precisa.

As NTN-B atualmente pagam de 3,73% a 4,44% ao ano acima da inflação, antes do desconto de taxas e IR. Portanto, um fundo imobiliário com rendimento de aluguéis líquido de 0,60% ao mês (ou 7,43% ao ano) vale mais a pena.

É claro que é preciso avaliar os riscos do fundo para saber se esse prêmio de risco – o valor que o fundo paga acima da renda fixa – é realmente o suficiente.

Por exemplo, um fundo pode estar com uma rentabilidade muito alta em dado momento porque o preço das suas cotas caiu bruscamente, em função de um problema qualquer: uma ameaça de calote ou de vacância importante, por exemplo.

Já um fundo sólido e com ótimos inquilinos pode ficar caro, uma vez que os investidores correram para ele, aumentando o preço da cota e reduzindo a rentabilidade em termos percentuais.

Outro ponto a se avaliar é a liquidez do fundo. “Mesmo que o fundo seja ótimo, se for pouco negociado, o preço das cotas precisa estar baixo em relação aos rendimentos. Isso porque, na hora de vender suas cotas, o investidor provavelmente terá de aceitar dar um desconto para achar um comprador. É um risco adicional”, diz Arthur Vieira de Moraes.

Fonte: Exame.com

Investidores esperam retornos de 20% ao ano, revela estudo.


São Paulo – Uma pesquisa realizada pela Santander Corretora com investidores de alta renda que acessaram seu site nas últimas três semanas mostrou que a maioria espera que seus investimentos tenham um retorno médio de 20% ao ano nos próximos 10 anos.
Apenas em 2013 os investidores foram menos otimistas e afirmaram que esperam um retorno de 13%. 

Os mesmo entrevistados foram questionados sobre o que eles estão dispostos a aturar para alcançar tal retorno: 75% responderam que não estão dispostos a suportar nem perdas mínimas nos próximos anos, mesmo que essas perdas ocorram em períodos curtos, de no máximo seis meses; e 70% afirmaram que não estão dispostos a investir na Bolsa.

Cerca de 50% dos respondentes afirmou que os retornos de suas aplicações devem ser provenientes principalmente de investimentos ligados ao mercado imobiliário. Em segundo lugar, o investimento que deve lhes trazer o maior retorno são as ações de Blue Chips, ações com maior volume de negociação em Bolsa e em terceiro lugar investimentos em commodities. 

As informações prévias da pesquisa foram divulgadas nesta quarta-feira pelo superintendente da Santander Corretora, Aquiles Mosca, durante o 7º Congresso Anbima de Fundos de Investimento. 

Segundo Mosca, a pesquisa revela o excesso de otimismo dos investidores brasileiros. “O brasileiro só olha a possibilidade de ganhar dinheiro. Na pesquisa, 74% dos entrevistados disseram que acreditam apenas em uma possibilidade de alta do mercado. Enquanto apenas 39% acreditam na possibilidade de haver uma queda. Eles estão olhando muito mais tempo, ou só olhando a possibilidade de alta, é um excesso de otimismo. O investidor brasileiro quase não olha os dados de risco na hora de investir”, diz. 

Ele acrescenta ainda que esse excesso de confiança está ligado aos investimentos mais familiares aos investidores. Entre os entrevistados que responderam que os retornos devem vir principalmente do mercado imobiliário, a maioria já possui algum tipo de investimento imobiliário na carteira. “Há uma grande correlação do que eles esperam de rentabilidade com aquilo que eles têm familiaridade. E apesar de muitos acreditarem no retorno dos fundos imobiliários, muitos deles continuam com rentabilidade negativa”, diz.

O superintendente da Santander Corretora conclui que o estudo evidencia a forte tendência dos investidores em ignorar cenários negativos e em acreditar que poderão ter retornos altíssimos, mesmo sem diversificar seus investimentos e se dispor a investir em ativos mais arriscados. “Há um grande desafio pela frente em educar financeiramente esses investidores para ajustar suas expectativas”, finaliza.

Fonte: Exame.com